terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um símbolo de 2.000 anos



A cátedra de Pedro, cuja festa celebramos neste dia 22 de fevereiro, é um símbolo de 2.000 anos de história. Não são 2.000 dias, nem duas mil semanas ou meses... São 2.000 anos de permanência neste planeta como um Sinal - um sacramento.

Esta contagem de tempo se divide em Antes e Depois de Cristo. Mais do que o divisor dos tempos, Jesus Cristo é o Senhor dos Tempos, embora este Senhor continue sendo sacrificado e executado no coração de muitos.

A Igreja é um sacramento, um sinal em todos os tempos deste Senhor. Como já se dizia nos Atos dos Apóstolos, se fosse um empreendimento humano..., já teria acabado - como profetizou no Sinédrio o fariseu Gamaliel: "Aconselho-vos a não vos meterdes com esses homens, mas deixai-os em paz. Pois se o projeto ou a execução for coisa de homens, fracassará; se é coisa de Deus, não podereis destrui-los, estareis lutando contra Deus." (At 5,38-39).

A cátedra significa o magistério milenar de Deus, através da Igreja, que procura os homens para indicar-lhes o caminho da salvação, respeitando porém seu livre-arbítrio. Por isso o mundo está se acabando, sendo destruído... Porque a maioria da humanidade não enxerga, ou não quer ouvir estes ensinamentos divinos que nos chegam através da cátedra, existente em todas as catedrais de nosso mundo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Como tem desempregados neste Reino...

Naquela passagem de Mateus (20,1-16), o dono de uma propriedade rural saí pela cidade cinco vezes atrás de empregados para ir trabalhar na sua vinha, e surpreende a todos os contratados pagando-lhes o mesmo valor, não importando a que horas tinham começado o serviço.

A parábola mostra como a Justiça de Deus é diferente da nossa. Mas o que também se percebe na estória é a constância do vinhateiro na busca de servidores. É incansável. Desde a madrugada até quase ao sol poente, lá está à procura de gente.

É muito fácil aplicar a parábola ao Reino de Deus já presente em nosso meio. Na Igreja, há serviço para todos. Há uma enorme riqueza de ministérios a serem assumidos por tantos quantos queiram, conforme seus carismas. As vagas são ilimitadas. E o pagamento não é bom - é ótimo!!!

Mas... como tá faltando gente! Uma quantidade enorme de cristãos católicos, que até costuma ir às missas dominicais, e se considera "praticantes" -, muitas vezes não assume o papel de "testemunhas", de "discípulos missionários", e não se engaja. Há vagas para catequistas e para diversas Pastotais, serviços estes que acabam caindo sempre nas costas de uma minoria.

Quantos têm um grande medo de perder um emprego, ficar desempregado é mesmo uma catástrofe nas suas vidas. Só que não tem pior tragédia do que ficar desempregado, à toa, no Reino de Deus. Isto sim é uma verdadeira desgraça...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Uma ignorância que faz o mundo ficar pior

Não é sempre que percebemos o quão pouco sabemos de Deus, mesmo aquilo que, dentro de nossas limitações, nos é possível conhecer. Porque de fato não temos a mínima chance de compreender qualquer coisa sobre a sua Onipotência, Infinitude, Beleza, Bondade, Misericórdia, Justiça e tantas quantas qualidades Ele tenha..., porque nosso cérebro é microscópico e praticamente invisível no universo divino.

Assim, só nos resta um caminho: procurar um mínimo de conhecimento através da contemplação de seu Filho Jesus, que disse a Filipe: "Quem me vê, vê o Pai." (Jo 14,9) Por isso, a tarefa fica um pouco mais fácil: à medida que aumentarmos o nosso conhecimento de Jesus Cristo, passamos a enxergar melhor as coisas do alto, a própria vontade de Deus.

Mas aí é que a coisa pega: a maioria dos 'cristãos" - que deveriam ser fiéis seguidores e discípulos de 'Cristo" -, quase nada sabe de Jesus..., de sua vida... e geralmente pouco se interessa em procurar saber.

Dói, mas é verdade. Basta aplicar testes de conhecimento bíblico, catequético, doutrinário, eclesial..., e vai se constatar quanta ignorância existe a respeito dos Evangelhos, dos locais sagrados onde Jesus viveu, o que fez, por quê fez, o sentido de seus atos, a profundidade do mistério de sua encarnação, paixão, morte e ressurreição.

Toda essa ignorância nos prejudica primeiramente a nós mesmos, em seguida os nossos vizinhos, e uns aos outros, nossos bairros, cidades, nações... Porque ela afeta os nossos comportamentos, e o mundo hoje sofre terrivelmente as consequências de toda a nossa ignorância das coisas do alto, que deveríamos buscar em primero lugar.